Muitas pessoas utilizam os seus computadores profissionais para realizar tarefas que não estão relacionadas com o trabalho, por exemplo para consultar o seu correio eletrónico pessoal, reservar bilhetes de avião, fazer marcações pessoais, navegar na Internet, etc. Poderiam, pois, pensar que é possível utilizar estes computadores para realizar as provas de seleção em linha do EPSO [1].

Este tipo de provas exige que terceiros, contratados para o efeito, assumam o controlo dos computadores dos candidatos enquanto as provas estão a decorrer, impedido-os, entre outras coisas, de navegar na Internet ou utilizar aplicações fora do âmbito das provas.

O ambiente digital dos clientes institucionais do EPSO inclui vários níveis de segurança informática que são aplicados aos computadores profissionais, incluindo os computadores portáteis. Trata-se, principalmente, de barreiras de proteção da rede e outros tipos de restrições de acesso.

Para que as provas de seleção em linha pudessem ser realizadas num computador profissional, incluindo os computadores colocados à disposição do pessoal dos clientes institucionais do EPSO (por exemplo, a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, o Conselho da UE, entre outros), seria necessário que um administrador autorizado desativasse, flexibilizasse ou modificasse os diversos controlos de segurança integrados.

Teria, por exemplo, ter de alterar as regras relativas à barreira de segurança ou as autorizações locais nos computadores profissionais e nas definições dos registos Windows dos candidatos.

Todas estas alterações poderiam acarretar riscos, conhecidos e desconhecidos, para as partes interessadas institucionais, alguns dos quais potencialmente graves.