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Começo do La Niña é anunciado por agência dos EUA

Fenômeno climático deve perder força até abril, preveem cientistas

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Reuters

As condições que caracterizam o fenômeno climático La Niña estão em vigor e há 59% de chance de persistirem até o período que vai de fevereiro a abril deste, afirmou agência do governo dos EUA nesta quinta-feira (9). Há ainda 60% de chance de transição para condições neutras de março a maio.

O La Niña é um fenômeno climático marcado por temperaturas oceânicas mais frias do que o normal no Pacífico equatorial central e oriental e está ligado a uma combinação de eventos extremos, de inundações devastadoras até secas que prejudicam a agricultura global.

O anúncio foi realizado pelo CPC (Centro de Previsão Climática) do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, que faz uma análise mensal das condições do planeta.

Homem caminha em bancos de areia com pequenas porções de água
Praias de areia formadas no rio Tapajós em frente à aldeia Mapirizinho, perto de Santarém, por causa da seca severa na região amazônica - Lalo de Almeida - 21.nov.2024/Folhapress

Uma transição para o chamado Enos (El Niño Oscilação Sul; ou Enso, na sigla em inglês) neutro, ciclo que vigora quando nem El Niño nem La Niña estão presentes, é provável (com 60% de chance) durante o período de março a maio de 2025, disse também o CPC.

O El Niño, por sua vez, é um aquecimento natural das temperaturas da superfície do oceano Pacífico oriental e central. Os efeitos de La Niña e El Niño variam conforme a região do planeta.

No Brasil, o La Niña tende a causar aumento no volume de chuvas nas regiões Nordeste e Norte —é uma esperança para a recuperação dos níveis de rios na floresta amazônica após dois anos de seca extrema. Já no Sul, a tendência é de mais seca e calor, enquanto, no Centro-Oeste e no Sudeste, os impactos oscilam.

O clima seco ligado ao padrão climático La Niña começou recentemente a prejudicar as safras de soja e milho na Argentina, por exemplo, mas a previsão de chuva para meados de janeiro deve trazer alívio para a região agrícola do país vizinho.

"Os desafios que serão enfrentados na primeira metade de 2025 no hemisfério Sul serão os níveis de umidade do solo, especialmente na América do Sul. Se as condições mais secas se espalharem por mais partes do Brasil, isso afetará a safra de inverno", disse Tyler Roys, meteorologista sênior da AccuWeather.

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