Deputados aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) na Assembleia têm alertado o governador e secretários para que não enviem o projeto que propõe aumento do ICMS no estado, pois não há clima para aprovação. Parlamentares bolsonaristas dizem abertamente que votarão contra a proposta.
Os estados do Sudeste e do Sul, com exceção de Santa Catarina, divulgaram carta na qual afirmam ser necessário elevar o ICMS para garantir uma arrecadação maior após a entrada em vigor da Reforma Tributária. A participação de cada estado na arrecadação do novo tributo que será colocado no lugar do ICMS, o IBS, vai depender da receita média do ICMS no período 2024-2028.
Os parlamentares dizem que o momento é ruim para enviar o projeto porque a Casa discute outro tema delicado, a privatização da Sabesp. Além disso, afirmam que empresários têm sofrido perdas com os apagões e não é o momento de tratar de aumento de impostos.
Por outro lado, o governo tem urgência na aprovação da medida, para que o aumento entre em vigor a tempo de afetar para cima a média do ICMS em 2024.
"Somos totalmente contrários. Eu nem mandaria um projeto nesse sentido. Foi um cavalo de batalha nosso contra o PSDB. A gente não vê como positivo para a sociedade. A gente não prometeu para a população que aumentaria impostos, muito pelo contrário", diz o deputado estadual bolsonarista Gil Diniz (PL).
O posicionamento deve marcar a estreia de um bloco bolsonarista na Alesp, inicialmente composto por Diniz, Lucas Bove, Major Mecca (PL-SP) e Tenente Coimbra (PL-SP). A expectativa é chegar a 12 deputados, que prometem agir com independência com relação a Tarcísio
"Nossa intenção é trabalhar em defesa das nossas bandeiras, bem como no combate a agendas conhecidamente defendidas pela esquerda como aumento de impostos, por exemplo", diz Bove.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.