O governo de Romeu Zema (Novo) prevê no Orçamento deste ano gastar R$ 151 milhões com publicidade, uma alta em termos reais (descontada a inflação projetada para 2024) de cerca de 13% em relação ao ano anterior, quando foram previstos R$ 128 milhões.
A alta acontece em meio a aspirações eleitorais do governador, que não descarta compor uma chapa à Presidência, e de seu vice, Mateus Simões (Novo), candidato de Zema para sua sucessão no governo de Minas Gerais.
Desde 2019, quando a atual gestão assumiu sob restrições orçamentárias e gastou menos de R$ 10 milhões, essa verba vem aumentando.
A gestão afirma que o estado ainda é um dos que menos gastam com publicidade per capita no Brasil e destaca os resultados das campanhas, como ter superado a marca de R$ 400 bilhões em investimentos privados atraídos desde janeiro de 2019.
"Em 2024, após vários anos sem campanhas de atração de investimentos e turismo em Minas Gerais, percebemos que esta comunicação de interesse público ajudou o governo Zema a quebrar recordes de atração de investimentos e um crescimento no turismo nunca visto, aquecendo a economia e gerando emprego e renda", afirma o secretário de Comunicação, Bernardo Santos.
A ideia da gestão é destinar publicidade para campanhas institucionais e de atração de investimentos. Como está sob RRF (Regime de Recuperação Fiscal), o estado fica proibido de contratar publicidade para áreas além de saúde, segurança, educação "e outras de demonstrada utilidade pública".
O governo afirma, porém, que a norma prevê o afastamento das vedações, incluindo investimentos em publicidade, desde que previamente contempladas no plano de recuperação apresentado pelo Estado, ou que sejam compensadas pela redução de outras despesas.
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