Ao surfar na popularidade do filme "Ainda Estou Aqui", o presidente Lula repetiu um padrão que adotou há duas décadas com outro fenômeno do cinema: "Cidade de Deus".

Nesta quarta (8), o presidente fez uma referência ao filme estrelado por Fernanda Torres durante o ato para lembrar os dois anos dos ataques de 8 de janeiro de 2023 no Palácio do Planalto.

"Ainda estamos aqui, ao contrário do que planejavam os golpistas", disse Lula. Ele também fez live com Torres e criou um prêmio em homenagem a Eunice Paiva, protagonista da história. O PT aprovou notas de apoio a ela.

Em 2002, Lula adotou procedimento parecido com o filme de Fernando Meirelles sobre a violência na favela carioca.

Na campanha presidencial daquele ano, assistiu à película recém-lançada com aliados e jornalistas.

"Este filme deveria ser visto por muita gente neste país, dos governadores ao ministro da Fazenda. Existem muitas Cidades de Deus país afora", declarou na ocasião. Em atos da campanha, e depois já no poder, citou o filme para reforçar seu compromisso com a redução das desigualdades.

Lula também escolheu a favela no Rio para ser palco do lançamento de um programa sobre segurança, em janeiro de 2003. Na época, o governo disse que a Cidade de Deus viraria "um exemplo para o Brasil".