A Petrobras deverá reajustar o preço do diesel nas próximas semanas. Já a gasolina não sofrerá alta. A informação foi dada por Magda Chambriard, chefe da petroleira, ao presidente Lula nesta segunda (27) em reunião ocorrida no Palácio do Planalto.
Segundo relatos, Lula perguntou sobre o índice de reajuste, mas Chambriard disse que os técnicos ainda estão fazendo os cálculos.
Conforme o Painel S.A. adiantou, a petroleira discutiu o assunto neste mês. Conselheiros disseram que o tema não poderia mais ser evitado e entraria na pauta da primeira reunião do conselho no ano.
Investidores internacionais estavam preocupados com uma interferência do governo nos preços da estatal e pressionaram por um reajuste, dada a disparidade do valor dos combustíveis comercializados no país ante a cotação do dólar e do petróleo no exterior.
Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o diesel é comercializado nesta segunda (27) pelas refinarias da Petrobras com defasagem média de R$ 0,65 no litro, o que representa um valor 19% inferior aos preços praticados no exterior. O litro da gasolina está R$ 0,23 mais barato, 8% a menos do que deveria.
Faz três semanas que o diesel é negociado com uma defasagem perto ou superior a 20%, o que não acontecia desde agosto de 2023, quando a Petrobras precisou intervir e aumentar os preços.
Em 2024, porém, pela primeira vez em 13 anos, a petroleira fechou um ano inteiro sem qualquer reajuste no preço do óleo, mesmo com todas as oscilações no mercado no ano passado. O preço da gasolina foi alterado apenas uma vez.
Chambriard também detalhou as medidas tomadas dentro do plano de investimentos em segurança energética, com gás e refino, e segurança alimentar, com fertilizantes. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou da reunião e, segundo assessores do Planalto, elogiou a celeridade dos projetos.
Com Stéfanie Rigamonti
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