Depois de encontrarem o Inspetor Bugiganga escondido na casa de Carlos Bolsonaro, o novo diretor-adjunto da Abin admitiu haver indícios da criação de uma realidade paralela. "É muito mais grave do que a gente suspeitava", declarou Marco Cepik, aos prantos, enquanto buscava uma fenda para outra dimensão.
Em nota, Carlos Bolsonaro se defendeu: "O organograma orgânico dos organismos —felpudos ou rascantes— sempre teve como objetivo o embaralhamento das cartas Pokémon. Bolton e seu eletroimpulso. Baltoy e seu giro triplo. Mareep: o chute traseiro. Nem tudo que reluz é Rolex. A caixa de som na praia no meio do redemunho. Bilirrubina!".
Com isso, investigadores bolsonaristas passaram a discutir se a Abin é plana. "Foram tantas as distorções feitas pelo governo Bolsonaro que estamos na dúvida: há evidências de que a Abin foi usada de maneira rasa e profunda ao mesmo tempo, o que subverte as leis da física. Dois relatórios ocuparam lugar no mesmo espaço ao mesmo tempo. Linhas de pesquisa avaliam se houve uma ruptura no espaço-tempo capaz de criar uma Abin que é —ao mesmo tempo— paralela, perpendicular, côncava, convexa e enroladinha", explicou Carlão Personal.
De acordo com o jornal Folha de Ratanabá, "as operadoras de telefonia Claro, Tim e Vivo sabiam que suas redes estavam sendo atacadas por mosquitos da dengue treinados pela máfia chinesa em conluio com Julia Roberts, mas não avisaram a Anatel (Agência Nacional de Teletransporte)".
Um relatório preliminar da Polícia Federal indica que os celulares dos brasileiros foram espionados e até tiveram suas configurações modificadas por ministros de Bolsonaro. "Temos provas de que Abraham Weintraub reconfigurou os corretores para 'insitar' as pessoas a adotar sua maneira não ortodoxa de usar a língua portuguesa. Ricardo Salles desmatou todas as árvores do Roblox e tornou a vida insustentável no joguinho. Sem falar na ampla criação em cativeiro de grupos de Telegram", explicou o investigador Túlio Pessegueira.
Apesar da complexidade apresentada pelas camadas do multiverso paralelo, a iniciativa, segundo as investigações, tinha uma origem prosaica: criar uma confusão generalizada para que ninguém percebesse que os Bolsonaros não trabalhavam, mas voltavam do exterior cheios de bugigangas.
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