Alarmada com a proliferação descontrolada dos programas de entrevistas, a Organização Mundial da Saúde fez um alerta dramático. "Bastam cinco novos videocasts para a gente decretar uma nova pandemia", alertou Bradraw Babaru, em entrevista ao videocast Medicina no Chuveiro.
Estudos recentes comprovam que os videocasts comandados por celebridades já são mais numerosos que ligações de telemarketing. Impressionada, a atriz Deborah Secco repercutiu a informação em 19 videocasts, dois programas de entrevistas e 54 podcasts num período de duas horas.
O matemático Alaôr Pessegueira apresentou um cálculo impressionante em seu videocast Valor de Pi…cardia: "No dia 27 de agosto de 2026, chegaremos ao número mágico em que todo brasileiro terá sido entrevistado e entrevistador".
O paciente zero da nova epidemia pode ser o jovem sorocabano José de Aguiar, conhecido como Aguiarzinho. Catatônico, o jovem se recupera de uma overdose após ser exposto a entrevistas. De acordo com o boletim médico, Aguiarzinho acordou, pegou o celular e passou os olhos num trecho do programa em que celebridades conversavam numa piscina de bolinhas. Viu cortes curtos do PodPah, do VrauCast, do PodPeople e do Bom dia, Obvious.
Viu um ornitólogo ser entrevistado por um coveiro, um delegado conversar com um cabrito e uma parteira entrevistar bebês recém-nascidos. Depois parou num bate-papo entre dubladores do desenho "Caverna do Dragão". Ansioso por um respiro, buscou um portal de notícias e se deparou com uma entrevista, em vídeo, de Fernando Haddad. Ligou a TV e viu Deborah Secco dando entrevistas ao mesmo tempo para o Portugal Show, Provoca e Saia Justa. Aguiarzinho desmaiou e precisou ser medicado.
Médicos afirmam que o jovem sorocabano desenvolveu uma reação alérgica à imagem do microfone unidirecional apoiado sobre uma bancada. Não precisa necessariamente ter um jovem com fone de ouvido colossal atrás da bancada. Mas, se houver, a reação se transforma em fobia. Trata-se do primeiro caso no país. Há relatos de sintomas parecidos nos Estados Unidos, na China e em Iguaba Grande.
Sempre alerta, o STF estabeleceu uma quantidade mínima de entrevistas que o cidadão precisa consumir para diferenciá-lo entre usuário ou produtor de conteúdo.
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