Descrição de chapéu Paris

Corpo de brasileiro teria sido levado por 20 km no rio Sena

Polícia francesa informou à família que Flávio de Sousa foi encontrado em Saint-Denis, longe do suposto local da queda

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Paris

O corpo do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, que teve a morte confirmada nesta quinta-feira (9), teria sido encontrado preso a galhos de árvore no rio Sena na altura de Saint-Denis, cidade da região metropolitana de Paris.

A informação foi dada à família dele pela polícia francesa.

O fotógrafo Flávio de Castro Sousa, 36 anos, olha para a câmera usada para o fotografar. Tem cabelos pretos e encaracolados, formando pequeno volume. É branco, usa óculos redondos, barba meia altura e bigode. Veste um sobretudo azul estilo dolma e um cachecol xadrez. Ao fundo está um prédio de arquitetura antiga. Ao lado de Flávio, sobre uma mureta de alvenaria, há uma câmera fotográfica analógica
Flávio de Castro Sousa, fotógrafo que desapareceu em Paris em novembro de 2024; corpo foi encontrado no início de janeiro - Reprodução /Arquivo pessoal

O Sena atravessa Paris de leste a oeste e depois faz uma curva na direção nordeste, cruzando as cidades de Nanterre, Saint-Ouen e Saint-Denis.

Isso leva a crer que o corpo foi levado pela correnteza do rio por cerca de 20 quilômetros, a partir do suposto local da queda —na altura da Ilha dos Cisnes, próxima à Torre Eiffel, onde as câmeras de vigilância teriam registrado sua presença pela última vez.

Encontrado no sábado (4) em avançado estado de decomposição, o corpo não apresentava sinais de violência. Foram necessários exames para confirmar que o corpo era o do brasileiro.

Segundo a polícia, novos exames serão necessários para determinar a presença de substâncias químicas no organismo de Flávio.

As buscas pelo fotógrafo, desaparecido em Paris no dia 26 de novembro, mobilizaram a polícia francesa, a Interpol e o adido da Polícia Federal brasileira em Paris, Luiz Ungaretti.

O telefone celular de Flávio, o notebook e uma escova de dentes —usada para obter uma amostra do DNA do desaparecido— foram entregues à polícia francesa, para ajudar nas investigações.

Até a quinta-feira, a família ainda não tinha recebido de volta os pertences. O apartamento que Flávio alugava em Belo Horizonte foi devolvido, e seus pertences no Brasil foram entregues à mãe dele, Marta Maria, que mora em Candeias (MG).


CRONOLOGIA DO CASO

  • 1 nov.24: Flávio de Castro Sousa chega à França, junto com Lucien Esteban, seu sócio em uma empresa de fotografia de eventos
  • 8 nov.: Esteban retorna ao Brasil e Sousa continua na França
  • 25 nov., por volta das 20h: No bairro de Châtelet, Sousa se despede do amigo francês Alex Gautier, que conhecera no Instagram dias antes
  • 26 nov., às 8h40: Pelo WhatsApp, Sousa avisa Gautier que está no hospital Georges Pompidou, porque caiu no Sena, na altura da Île aux Cygnes, e foi resgatado pelos bombeiros
  • 26 nov., às 12h: Horário do voo da Latam em que Sousa voltaria ao Brasil
  • 26 nov., às 12h52: Sousa envia a Gautier foto da agência imobiliária, onde foi para prorrogar a estadia no apartamento alugado
  • 26 nov., às 14h01: Sousa envia foto das roupas, aparentemente inutilizadas pela água. Avisa que a agência emprestou roupas e carregador de celular
  • 26 nov., às 14h23: Sousa avisa a Gautier que vai dormir. Depois disso, não responde mais às mensagens
  • 27 nov., pela manhã: Faxineira vai ao apartamento de Sousa e encontra apenas as malas prontas e itens de higiene pessoal
  • 27 nov., por volta das 18h: Gautier vai ao apartamento de Sousa, alarmado com a falta de resposta às mensagens, mas ninguém atende a porta
  • 27 nov., por volta das 19h: Entra em contato com a agência. Esta informa ter ligado para o celular de Sousa, atendido em um bistrô próximo ao local da queda no rio
  • 4.jan.25: Corpo do brasileiro é encontrado no rio Sena
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