Descrição de chapéu PIB inflação

Consumo e investimento mantêm ritmo, mas setor externo puxa PIB para baixo no 3º tri

Dados fazem parte do cálculo do PIB brasileiro, divulgado nesta terça (3) pelo IBGE

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Rio de Janeiro e São Paulo

O consumo das famílias avançou 1,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses imediatamente anteriores, apontam dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta terça (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É o melhor resultado para esse período do ano desde 2021, quando houve expansão na mesma intensidade.

Segundo o IBGE, o consumo das famílias e os investimentos mantiveram o ritmo de crescimento em relação ao trimestre anterior, mostrando que a demanda interna continua forte. Houve piora, no entanto, nos dados do setor externo, com queda nas exportações e aumento nas importações, o que tirou força do PIB na comparação com o segundo trimestre.

"O setor externo é que está puxando o PIB para baixo, não é a demanda interna", disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

O consumo é considerado o motor da atividade econômica pela ótica da demanda —ou seja, dos gastos com bens e serviços. Responde por cerca de 60% do PIB.

Nesta terça-feira (3), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o PIB do Brasil cresceu 0,9% no terceiro trimestre deste ano, em relação aos três meses anteriores.

Imagem mostra movimentação em restaurante do município de Gramado, na Serra Gaúcha
Movimentação em restaurante do município de Gramado, na Serra Gaúcha - Carlos Macedo - 7.nov.24/Folhapress

Ao longo deste ano, o consumo teve impulso dos ganhos de renda com o mercado de trabalho aquecido e as transferências governamentais, segundo analistas. A alta da taxa de juros, por outro lado, surge como um desafio para os próximos meses.

Em relação ao mesmo trimestre de 2023, o consumo das famílias cresceu 5,5%, 14º trimestre consecutivo. Esse resultado foi influenciado, principalmente, pelos programas governamentais e melhora no mercado de trabalho, segundo o IBGE.

O IBGE também informou que os investimentos produtivos na economia brasileira, medidos pelo indicador de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo, tiveram alta de 2,1% no terceiro trimestre, em relação ao segundo. Aportes em máquinas, equipamentos e construção fazem parte desse componente.

O investimento apresentou alta de 10,8% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Segundo o IBGE, a magnitude do resultado é justificada pela elevação na importação de bens de capital, na produção interna de bens de capital, no desenvolvimento de software e na construção.

A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2024 foi de 17,6%, o que representa um crescimento em relação àquela observada no mesmo período do ano anterior (16,4%).

O consumo do governo cresceu 0,8% no terceiro trimestre, ante o segundo.

Pelo lado da demanda, o PIB contempla ainda as exportações e as importações. As exportações caíram 0,6%, enquanto as importações tiveram alta de 1%.

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