Trinta e oito pessoas ficaram feridas em um voo da United Airlines que seguia para Washington saindo de Lagos, na Nigéria, nesta quinta-feira (23). Segundo a companhia, o avião passou por "um problema técnico e teve que realizar um movimento inesperado."
Seis dos feridos, sendo 4 passageiros e 2 tripulantes, foram levados ao Hospital Duchess, na cidade de Ikeja, no estado de Lagos. Em uma declaração por email neste sábado (25), um representante da United disse que todos receberam alta.
Os 32 restantes —27 passageiros e 5 tripulantes— tiveram machucados leves e foram liberados logo depois de receberem os primeiros socorros.
A United não ofereceu mais detalhes sobre o que disse ser um "problema técnico" ou a extensão dele, mas disse que o assunto estava sendo investigado. "Estamos trabalhando com autoridades de aviação nos EUA e na Nigéria para entender a causa", disse. A agência de aviação americana, por sua vez, encaminhou questões à empresa e às autoridades da Nigéria.
Vídeos e imagens nas redes sociais mostram o caos no avião, com passageiros falando uns com os outros enquanto comida e bandejas de refeição voam pela cabine.
O voo, que saiu da Nigéria na quinta-feira à noite para o Aeroporto Internacional Washington Dulles foi forçado a retornar a Lagos para um pouso de emergência. A aeronave, um Boeing 787 Dreamliner, tinha 245 passageiros e 11 tripulantes a bordo.
O avião sobrevoava a Costa do Marfim quando retornou à Nigéria, de acordo com informações do FlightRadar24, site que compila informações públicas sobre localização de aeronaves, rotas de voo e altitude. Segundo a mesma plataforma, o episódio aconteceu cerca de 90 minutos após a decolagem, quando o jato desceu abruptamente.
Jeff Guzzetti, ex-investigador de acidentes da Administração Federal de Aviação e do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, ambos americanos, observou semelhanças entre o que ocorreu no voo da United e um episódio em março em que um avião da Latam caiu repentinamente durante um voo para Auckland, na Nova Zelândia, ferindo dezenas de passageiros.
"O público pode não saber [a causa do acidente] por de algumas semanas a um mês, mas os investigadores saberão em alguns dias", disse Guzzetti. "Eles vão baixar o gravador de dados de voo, entrevistar a tripulação e ouvir o gravador de voz da cabine."
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