Tiago Moreira de Sá (PfE). – Senhor Presidente, com a reabertura de Notre-Dame, testemunhamos mais do que a restauração de um monumento, é o renascimento de um símbolo vital da fé e da civilização ocidental.

Após a devastação pelas chamas, a sua reconstrução é um chamamento à união em defesa dos nossos valores. Como disse o Papa João Paulo II: «Não tenhais medo. Abri, ou antes, escancarai as portas a Cristo». Este apelo ecoa agora nas pedras restauradas de Notre-Dame.

A presença na catedral de líderes como Donald Trump, no passado dia 8, reafirma a importância de protegermos as raízes cristãs no Ocidente. Movimentos como o Patriot for Europe e o Make America Great Again refletem esta resistência política, cultural e cívica, num momento em que muitos atacam os símbolos da fé para atingir os homens bons, os seus sonhos e as suas realizações. No limite, o nosso modo de vida.

Mas Notre-Dame recorda-nos também o nosso dever de proteger o cristianismo no mundo. Todas as nossas atenções e orações estão com os cristãos da Síria. A Europa tem de se salvaguardar de uma nova crise migratória, que não pode suportar, sem deixar desprotegida a comunidade cristã síria.

Celebremos a força da herança cristã como um farol para o futuro. Que esta reconstrução inspire não apenas a Europa, mas todos os que acreditam na liberdade e na dignidade humana sustentada na fé.