Parlamento Europeu debate consequências do fim do regime de Bashar al-Assad
Os membros do Parlamento Europeu avaliam, terça-feira, os últimos acontecimentos na Síria, as suas implicações geopolíticas e a situação humanitária na região.
Numa declaração emitida domingo passado, os presidentes da Comissão dos Assuntos Externos e da Delegação para as Relações com os Países do Maxereque e a relatora especial do Parlamento Europeu para a Síria saudaram «o fim da ditadura brutal» no país. Apelaram a uma transição pacífica que satisfaça as «aspirações democráticas dos sírios e garanta a proteção de todos».
A nova chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, afirmou que a integridade territorial da Síria deve ser preservada, com respeito pela sua soberania e instituições estatais e rejeitando todas as formas de extremismo.
Numa das próximas sessões plenárias, será apresentada para votação uma resolução sobre o assunto.
Contexto
O presidente sírio deposto, Bashar al-Assad, fugiu para Moscovo depois de no fim de semana de 7-8 de dezembro os rebeldes sírios terem capturado Damasco, pondo termo a décadas de reinado brutal da dinastia Assad.
Antes de os combatentes armados lançarem uma ofensiva surpresa em novembro de 2024, o território da Síria estava dividido entre as forças do regime (apoiadas pela Rússia e pelo Irão) e as facções rebeldes (algumas apoiadas pela Turquia e pelos EUA). Após uma guerra civil de 13 anos, a oposição armada da Síria afirmou que tenciona formar um governo com base em instituições funcionais e num «conselho escolhido pelo povo». Embora os analistas alertem para uma transição extremamente difícil devido à «coligação diversificada» de combatentes armados, o fim da guerra poderá permitir que milhões de refugiados dispersos pelos campos na Turquia, Líbano e Jordânia regressem a casa.
Debate: Terça-feira, 17 de dezembro
Votação: sessão plenária futura
Procedimento: Declaração da Comissão, com resolução